data-filename="retriever" style="width: 100%;">Entramos em 2020. É mais um ano eleitoral, com a escolha de prefeitos, vices e vereadores. Considero esse o processo mais ferrenho de busca de votos, pois atinge diretamente os habitantes dos municípios. Não tem como ficar escondido nos gabinetes. É preciso sair das salas com ar-condicionado e outros confortos para encarar, olho no olho, o cidadão nas vilas e nos bairros.
As obras supervalorizadas em sites e redes sociais necessitam ser mostradas aos eleitores no contato direto, sem ferramentas digitais nem intermediários. Evidente que as promessas não cumpridas por aqueles que buscam a reeleição vão ser incessantemente cobradas pelas pessoas que sofreram na carne as agruras do esquecimento. Na minha ótica, Santa Maria não precisa de "Salvadores da Pátria" nem de pregadores de propostas mirabolantes. A cidade está sedenta por progresso com qualidade de vida para a sua população. Basta conversar com as pessoas mais humildes, nos quatro cantos do município, para comprovar isso.
Trocar por trocar os governantes e legisladores não assegura avanços instantâneos. Cada eleitor e cada eleitora devem examinar, com atenção e responsabilidade, a ficha dos postulantes e o trabalho realizado por cada um ao longo da trajetória de vida. O (A) candidato (a) tem condições de ser um (a) bom (a) prefeito (a), vice ou vereador (a)? Tem conhecimento e capacidade suficientes para assumir o cargo que postula? Tem um programa de governo e propostas exequíveis para colocar em prática durante o mandato que vai exercer? Tudo isso parece chato e repetitivo, mas não é. Trata-se de algo mínimo para o eleitor e a eleitora levarem em conta na hora de digitar os números na urna eletrônica.
Santa Maria precisa de saúde e educação de qualidade, de preservação do meio ambiente, de ruas bem calçadas e pavimentadas, de limpeza pública, de geração de trabalho e renda, de segurança, de áreas esportivas e de lazer, de mais arte e cultura, enfim, a cidade necessita ser melhor cuidada pelo poder público e a própria população. Chega de surtos na esfera da saúde, de quadras e praças destruídas, de buracos nas vias, de pichações, de bueiros entupidos, de sujeira nas ruas, de desrespeito com os usuários do transporte coletivo, etc.
A grande concertação, com "C", vem de acordo, concordância, conciliação, concórdia, conformidade, congraçamento, consonância, entendimento, harmonia, avença, uniformidade e harmonização entre todos os setores de Santa Maria. Se as desavenças - algumas naturais - geraram a cidade que temos, a hora é de repensar o processo.
Afinal de contas, algo deve unir Executivo, Legislativo, Judiciário, segmentos empresariais, sindicais, militares, públicos, de prestação de serviços, educacionais e culturais, entre outros. Não acredito que as diferenças sejam todas superadas, mas o momento exige medidas urgentes e responsáveis para alavancar o desenvolvimento econômico e social da cidade, sobretudo, para o bem-estar da população santa-mariense.
Cada administração municipal tem uma diretriz, um projeto, um plano para governar. Porém, considero que os atores que buscam ingressar no Executivo e no Legislativo devem dar sequência às "boas políticas municipais" já praticadas.
Volto a lembrar da existência do plano de ações elaborado pela Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (ADESM) e por membros das mais variadas áreas da cidade. Está tudo ali, à espera para ser colocado em prática. Charles Darwin dizia que, "na longa história da humanidade, aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar mais efetivamente têm prevalecido."